segunda-feira, julho 19, 2004

182. UM ANO!... 

O nosso blogue - Vila Dianteira - faz hoje um ano!
Obrigado a todos os que se deram ao cuidado de por aqui passarem.
Obrigado aos outros autores de blogues por aquilo que me ensinaram.
Agora... vamos de férias até ao início de Agosto.
Já estou atrasado! Um abraço.

domingo, julho 18, 2004

181. O NOSSO VALE 



Este é o nosso vale... desenhado e inventado pelo meu filho mais novo.
Em primeiro plano, encontra-se a nossa casa, a meio, o ribeiro da Rainha e do outro lado, a capela de S. Silvestre.
E mais, muito mais... mas só o João sabe explicar.

sexta-feira, julho 16, 2004

180. A VAGA (Actualizado) 


Hokusai (1760-1849), A Vaga, 25x38cm, 1830-31

"Hokusai, «o velho louco de desenho», viveu até aos 89 anos. Ao morrer, o seu único desgosto foi não ter pintado mais quadros. No decurso da sua longa vida ilustrou livros, desenhou estampas de aves e de flores e algumas séries, sendo a das vistas do monte Fuji uma das mais conhecidas. A sua célebre estampa A Vaga traduz com uma arte impressionante a vida daqueles que enfrentam o mar em frágeis batéis. Numa composição com curvas largas apresenta os barqueiros quase engolidos pelos oceano, com as cabeças mais pequenas que as garras de espuma que avançam para eles. As toalhas de água, a bruma que se ergue e o monte Fuji ao longe foram dados em diferentes tons de azul, com uma luminosidade amarela no céu. A energia desta obra é bem característica do artista e do seu inesgotável amor pela vida".

Everard Upjohn, Paul Wingert, Jane Mahler - História Mundial da Arte, vol. 5 (Oriente e Extremo Oriente), pág. 252, Livraria Bertrand, 1977.

Já comprei várias histórias da arte. Esta foi a primeira e também é o meu grande amor. Visitámos países e museus diversos. Ainda hoje é ela que me acompanha.

quarta-feira, julho 14, 2004

179. OBOÉ E FAGOTE 

Um amigo, disse-me hoje, que não gosta especialmente de oboé e de fagote. Ora eu gosto muito! Estou a ouvi-los agora. Amanhã vou levar Mozart para o trabalho. A "Sinfonia concertante para oboé, clarinete, trompa e fagote em mi bemol, K.A9" e o "Concerto para fagote em si bemol, K. 191". Vamos lá a ver...

terça-feira, julho 13, 2004

178. NO SILÊNCIO DA NOITE 



A culpa foi d'Os Sopranos.
Acabámos agora mesmo de ver "Rio Bravo" de Howard Hawks.
O mais novo não aguentou até ao fim... ele que tanto insistiu para ver o filme!... o sono foi mais forte. Não faz mal verá o resto amanhã.
Foi um bom pretexto para falar no significado da palavra amizade.
No final lemos um fabuloso texto de Jorge Silva Melo a propósito de Rio Bravo (dedicado ao Manuel M.) e escrito para o catálogo da Cinemateca de 1990 aquando do ciclo sobre Howard Hawks:
"Anda daí dar uma volta.
Ainda no outro dia me disseram isto e não era por eu ir beber mas porque era noite e a vida se complicara, e o dia fora turvo e a esperança estava longe.
Este ideal (tão burro! tão estupidamente católico!): saber do outro, estar disponível para o outro, saber encontrar não tanto a palavra certa, mas o gesto. E se fôr preciso ir noite fora de um lado e de outro do passeio inventando uma missão (...).
Estar disponível
"

segunda-feira, julho 12, 2004

177. LEOPOLDO E HELENA ALMEIDA 



Não sabia que Helena Almeida é filha do escultor Leopoldo de Almeida.
Leopoldo de Almeida (1898 - 1975) é um escultor que, desde a minha infância, me é muito querido.
É o autor das duas primeiras esculturas que eu vi: a estátua do Dr. Oliveira Salazar em Santa Comba Dão e um baixo-relevo na parede do Tribunal da mesma cidade, representando Moisés a fazer jorrar água do rochedo de Horeb para o seu povo beber.
Confesso que, apesar da estátua de Salazar ser uma boa escultura, sempre preferi o Moisés. Obrigava a minha mãe, cada vez que íamos a pé à feira, a fazer um desvio só para mais uma vez olhar o relevo e o modo como as figuras estavam esculpidas.
Mais tarde, em Coimbra, no Círculo de Artes Plásticas, conheci a obra de Helena Almeida e apreciei o cruzamento que faz da fotografia com outras artes.
Actualmente, encontra-se no Centro Cultural de Belém uma exposição sobre a sua obra, intitulada "Pés no Chão, Cabeça no Céu" que esperamos, os daqui de casa, ainda ir a tempo de ver.
Longe estava eu, no entanto, de pensar que linguagens tão diferentes nasceram de pai e filha.
Muito interessante.

sábado, julho 10, 2004

176. PRORESTAURO 



Há pouco no Magazine 2010 publicitou-se o Prorestauro, um portal de conservação e restauro.
Nas boas-vindas, os seus autores dizem-nos que: "Pretendemos fazer deste lugar o seu lugar. Um local onde se sinta bem, como se fosse a sua própria casa. Um local onde poderá ler, ver, analisar, discutir, contribuir, ensinar e aprender sobre as mais diversas vertentes na área da Conservação e Restauro".
O portal é riquíssimo em informação, onde se destacam: artigos técnicos, documentação, formação, recursos na net, directório, bolsa de emprego, etc.
Na secção de Artigos técnicos - História da Arte esperava-me uma surpresa...
A visitar demoradamente e adicionar aos favoritos.

175. FELINA 

Galgam os gatos, guturais, gritando,
Nas gotejantes, glácidas goteiras,
As julietas maltesas namorando,
Em mios sensuais pelas trapeiras.

Chora, chapinha, chuviscando a chuva!
No deserto beiral do meu telhado,
Uma cinzenta graziela viúva
Contempla o seu «miau» envenenado...

Há lamentosos, lutulentos lances,
Por sobre a telha de Marselha, oblonga...
Sonhos, idílios, infernais romances,
Cavaleiros de Malta e barba longa!

Dum, conheço uma história muito triste,
Dum que lembrava o D. João doutrora,
Sempre com o bigode e a cauda em riste...
Mas era longo referi-la agora.

Pelos sítios escusos dos telhados
Há gatas sem pudor fazendo visitas,
Traições, banzés, focinho arranhado,
Baralhas de saloios e fadistas.

Ouvindo-os, entre insónias horrorosas,
Paroquiais, pesados pesadelos,
Guloso, gloso gloriosas glosas,
E faço caracóis com os cabelos!...

António Feijó - Poesias Completas, 1.ª Edição, págs. 290-291, Edições Caixotim, Porto, 2004

O poema "Felina" faz parte do livro Bailatas que António Feijó publicou em 1907 com o pseudónimo de Inácio de Abreu e Lima


sexta-feira, julho 09, 2004

174. GOTAS DE ÁGUA - António Feijó 

Sobre a urze silvestre, ao subir da montanha,
Uma gota de orvalho, em manhã de esplendores,
Lucitremia ao Sol numa teia de aranha,
Como um prisma em que a Luz se decompunha em cores.

Universo em resumo, essa gema preciosa
Que a noite ali deixou do seu manto cair,
Continha em miniatura a paisagem radiosa
Que no alvor da manhã despertava, a sorrir.

Em que obscuro crisol, esse pranto isolado,
Cristalizou com tal pureza e resplendor?
Caiu da Lua? É um ai de luz polarizado?
Ou rolou dum olhar num soluço de dor? (...)


continuar a ler em António Feijó - Poesias Completas, 1.ª Edição, págs. 382-383, Edições Caixotim, Porto, 2004.

Hoje comprei em Viseu este belo livro que reune a poesia de António Feijó, com prefácio e fixação do texto do Doutor J. Cândido Martins. Há muito, desde os tempos de escola, que os parnasianos, excepção feita a Cesário Verde, me passam ao lado. Há muito, no entanto, que desejo dedicar-lhes atenção. Vamos lá a ver onde encontrarei a poesia de Gonçalves Crespo, António Fogaça, Macedo Papança (conde de Monsaraz), de João Penha...


quarta-feira, julho 07, 2004

173. O SOL NA MAGNÓLIA 

Acabou de chover torrencialmente.
Agora... o sol rompeu as nuvens negras e doura, com uma luz fantástica, a casa onde nasceu Silva Carvalho, a casa do meu amigo S. Silvestre e, sobretudo, a enorme magnólia que se encontra no jardim de uma casa abandonada do outro lado do ribeiro.
Olho, da minha janela, a magnólia - Magnolia grandiflora. É uma árvore magnífica, centenária, enorme. Encontra-se em flor. Flores brancas e grandes...
Os donos partiram há muito para residir em Coimbra. A magnólia está só.
Que pena ela não ser minha! Ou melhor ainda, de um pintor!

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